Você já ouviu falar sobre a hidradenite supurativa?

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Cercada de tabus, doença de pele inflamatória crônica atinge cerca de 850 mil pessoas no Brasil¹

São Paulo, 06 de junho de 2024 — Doenças dermatológicas crônicas podem trazer diversos impactos e até traumas na vida das pessoas, dificultando suas interações sociais e até as afastando de atividades cotidianas. Dentre todas, junho é marcado como mês de conscientização sobre a hidradenite supurativa (HS), uma doença inflamatória e não contagiosa que impacta a qualidade de vida das pessoas. Dor, incômodo, vergonha, são algumas particularidades relatadas por quem é diagnosticado com HS, uma condição que afeta cerca de 0,4% da população brasileira, algo em torno de 850 mil pessoas1.

De difícil identificação, já que alguns pacientes podem levar até 10 anos para receber o diagnóstico correto[1], a HS é caracterizada por lesões na pele que inicialmente podem ser confundidas com furúnculos, abscessos, acne, cistos e pelo encravado[2]. “Os pacientes consultam diversas clínicas e hospitais até serem encaminhados para o médico especialista e para evitar a progressão da doença e cicatrizes irreversíveis o diagnóstico precoce é imprescindível”, disse a dermatologista com foco em doenças inflamatórias autoimunes e pesquisa clínica do Hospital Oswaldo Cruz, Dra. María Victoria Suárez.

Durante as crises, os folículos pilosos (de onde nascem os pelos) inflamam, desencadeando o surgimento de caroços dolorosos sob a pele, formando uma espécie de túnel na região afetada. Algumas feridas podem apresentar pus e mau odor, diminuindo o funcionamento físico e psicossocial das pessoas[3]. As áreas mais afetadas são nádegas, virilha, axila e mamas, locais que impactam diretamente na qualidade de vida e saúde mental dos pacientes[4],[5].

“Eu era bem jovem quando começaram a aparecer nódulos que pareciam furúnculos pelo corpo, principalmente nas axilas. No início, era bem brando. Passei por diversos médicos de várias especialidades, procurando um diagnóstico, mas ninguém sabia o que era, apenas me receitavam antibióticos atrás de antibióticos. Passei três anos até receber o diagnóstico e sei que esse tempo é pequeno comparado a média. Eu tento lidar com a hidradenite de forma prática. Sempre procuro informações, leio muitos artigos e gosto de ter conhecimento sobre a doença, colocando em prática o que é possível”, relatou a estudante e influenciadora digital, Rayssa Machado.

Os sintomas da doença costumam surgir após a puberdade[6],[7], no início dos 20 anos[8],[9] e um estudo recente da Alemanha identificou como uma doença prevalente tanto no sexo feminino quanto no masculino[10]. Por mais que tenha fatores de herança genética, o surgimento da HS também tem relação com o tabagismo, obesidade e estresse7,[11].

Como a HS está associada com diversas condições de saúde e a abordagem clínica é constituída por diferentes profissionais de saúde. “A doença afeta pessoas jovens, durante o início da vida adulta e essa condição pode gerar insegurança, sendo necessário o acompanhamento de diversas áreas da saúde”, completa a especialista.

O tratamento da HS é sempre indicado pelo médico dermatologista, especialista que avalia a opção mais adequada para cada paciente. Os recursos terapêuticos atuais para hidradenite supurativa são baseados em três pilares: educação do paciente, tratamento clínico da inflamação e terapia cirúrgica de fístulas, nódulos e tecido cicatricial[12].

Em alguns casos os pacientes podem se sentir perdidos durante a jornada com a doença, “mas não é o fim. Um diagnóstico nunca será uma sentença, mas sim uma oportunidade para você procurar informações sobre sua doença, buscar bons profissionais e iniciar o tratamento correto. A remissão é possível”, aconselhou a paciente.

“Se você já teve surtos de furúnculos durante os últimos seis meses, com o mínimo de duas lesões nas axilas, virilhas, embaixo das mamas, região perianal, nuca ou abdômen, procure um dermatologista. Estes podem ser sinais da hidradenite supurativa”, destacou o dermatologista.

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Referências

 

[1] Garg A et al. J Am Acad Dermatol. 2020;82(2):366-376.

[2] . Kromenacker B, et al. J. Invest. Dermatol. 2019;139: S33.

[3] Matusiak L. Br J Dermatol. 2020;183:e171-e177.

[4] von der Werth JM, Jemec GB. Br J Dermatol. 2001;144(4):809–13.

[5] Dufour D, et al. Postgrad Med J. 2014;90(1062):216-21. http://dx.doi.org/10.1136/postgradmedj-2013-13199.

[6] Ingram JR. Br J Dermatol. 2020;183(6):990–998.

[7] Díaz Det al. Curr Dermatol Rep. 2022; 11:336–340.

[8] von der Werth JM, Williams HC. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2020; 14:389–392.

[9] Kokolakis G et al. Dermatology. 2020; 236:421–430.

[10] Pinter A et al. Dermatol Ther. 2020:10:721-734.

[11] Dufour DN et al. Postgrad Med J. 2014; 90:216–221.

[12] Editorial team, HU Medical Review Board. Treatment goals for hidradenitis suppurativa [Internet]. HSDisease.com. 2022 [capturado em 17 jan. 2024]. Disponível em: https://hsdisease.com/treatment/goals.

BR-30491

jornalcristao

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